sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Gostar leve.

Encontrei outro dia um gostar leve... Ia passando devagar do meu lado, eu corri e segurei. Não devia, não tenho porte pra segurar o mínimo gostar que seja... Porém, a gente tem que aprender a ser mais leve, e ao ver aquilo, não soube me segurar. Agarrei com unhas e dentes aquela leveza, que transitava como uma pluma. Abracei como se não houvesse amanhã, e dei carinho como se fosse um amor antigo. Cultivei, criei, e colhi os frutos daquele gostar tão leve. Daquela horta só nasciam coisas boas... Frutos deliciosos trazidos de um cultivo sazonal. Me relaxava cuidar de tudo aquilo, e cultivei em mim um gostar que cresceu. Continuou leve, mas aumentou em produtividade.

Júlia Fagundes