domingo, 28 de junho de 2015

Love Wins

Não sou muito de me manifestar sobre as coisas que vejo no facebook, mas hoje isso se tornou inevitável.

Antes de mais nada quero lembrar do Art. 5º da Constituição Brasileira, em que diz: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.(...)"
 
Sei que a legalização da união homoafetiva ocorreu no Brasil em 2013. E que não tivemos a repercussão que estamos tendo com a legalização total nos EUA. Mas o fato é que a comemoração não é só pela lei, mas sim pela aceitação do amor. Inibir uma pessoa de amar a outra, seja do jeito que for, deveria ser crime. 

Tenho vários amigos homossexuais e eles não são diferentes de ninguém. São humanos, pagam os mesmos impostos, respiram oxigênio e também possuem sentimentos. (...) Portanto merecem receber o mesmo direito e respeito que qualquer João que anda na rua.

As pessoas falam que o amor foi legalizado. Eu pergunto: O amor precisa mesmo ser legalizado? - O respeito precisa ser legalizado?

Amar outra pessoa, seja do mesmo sexo, ou não, e não poder demonstrar isso é que deveria receber o titulo de errado.
 
Eu defendo, SIM!

Em um país que defende-se a liberdade de expressão a ferro e fogo, uma discussão dessas nem deveria existir. Cada um pode, e deve, ser o que quiser, independente dos rótulos colocados pela sociedade. 

Há apenas 2 dias, foi aprovada, no estado do Rio, a lei que puni o tratamento diferenciado para as pessoas com orientação sexual diferente, em estabelecimentos comerciais ou por servidores públicos. E voltando mais um pouco na história, em 1989, foi preciso colocar na constituição federal que o preconceito, de cor e raça, é crime. 

É possível perceber que, infelizmente, é preciso oficializar aquilo que, moralmente, já foi imposto anteriormente. Como li uma vez, precisamos de menos PRÉ e mais CONCEITO!

Acho a explosão de avatares coloridos bonita e importante, especialmente num momento tão marcado pela homofobia.

Carolina Gomes

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A beleza de assistir Jout jout prazer.

As vezes a vida nos presenteia de forma inesperada, e a gente descobre que ser simples é ser melhor. Quando assisti o vídeo da Jout Jout dando uma tremenda dica, eu tive que escrever sobre isso! "Quando algo te entristecer, una suas pintas com sorrisos! Aí, já não se sente mais animadinho?" Ou algo assim, era o que ela dizia. 

Eu confesso que eu sempre fui boba, esse tipo de brincadeira sempre me deixou mais feliz. São coisas como ver meu namorado com formas de gelo na cabeça escrito "te ensinando a esfriar a cabeça" e brincadeiras bobas, que fazem toda diferença pra mim. 

Tá aí, nunca vou esquecer as formas na cabeça ou as pintas sorridentes. 

É tão leve, tão simples, tão bobo, mas ainda assim, tão majestoso, tão eficiente.. É nossa parte criança: pura, alegre e divertida. E não tem nada mais lindo na vida do que ser eterna criança (no bom sentido, crianças maduras por favor hahaha). Por isso ligar pintas faz meu dia mais feliz. Por que a beleza das coisas está na simplicidade. 

Não tente dar presentes caros ou surpresas gigantes, se você não cumpre o papel de fazer essa pessoa se apaixonar todo dia. Tudo isso só é válido, se houver paixão. Inclusive, a vida só é válida se houver paixão. 

Se apaixonar pelo sol, 
se apaixonar por uma cor, 
se apaixonar por um sorriso, 
se apaixonar por uma pessoa, 
se apaixonar por si mesmo. 

Jout jout cumpre com maestria o papel de sorrisos por bobeiras mínimas. Essa semana mesmo rolou um vídeo no canal em que ela mostrava um site de histórias sem graça. Assim mesmo. Histórias como "hoje eu fui passar e tinha um pombo, cheguei perto e ele voou". E ainda assim, passei o vídeo inteiro gargalhando. Bela simplicidade! 

O mero bordão de jout jout é simples e hilário ao mesmo tempo: "olha o cajado!" Eu duvido alguém assistir a esse vídeo sem rir pelo menos uma vez! 

Jout jout ensina fazendo. 
Ensina sendo. 
Ensina fazendo sentir. 

Me lembro de ver um vídeo dela com o pc siqueira (cujo astral costuma ser bem depressivo) e notar o quanto a bad vibe dele não bateu com a dela, a incomodou. 

Jout jout nasceu com um dom: olha pro lado simples da vida e apreciá-lo de forma ímpar. 

Seus vídeos em algumas vezes nem assuntos precisam ter para serem espetacularmente maravilhosos. 

Resumindo, meta de vida: ser como a jout. Até por que ter um caio eu já tenho, só falta o resto. 

Júlia Fagundes

domingo, 21 de junho de 2015

Futuro

O que você quer ser quando crescer ?
Aos 3 anos essa pergunta pode parecer boba e comum. Geralmente, a resposta é um não sei ou a profissão dos pais. 
Aos 8 anos, o panorama é outro. O desejo de ser igual aquela pessoa que mais se admira é enorme. Ela pode ser uma cantora, uma modelo, uma atriz...Nos meninos, já ouvi o desejo de ser o superman. Eu, por exemplo, nessa mesma faixa etária falava que seria dentista. Até que, com um pouco mais de idade, cheguei a conclusão de que não aguentaria o bafo das pessoas descuidadas. Quanta inocência. Então, comecei minha busca pela profissão perfeita.
Aos 12, com campo de visão já mais maduro começa-se a ver as qualidades e defeitos de todas as profissões. E se passa a entender que elas não são perfeitas. 
Com 15, o desejo e ambição pra saber o que quer são enormes. A mudança é constante, mais precisamente, diária. Cada dia queremos ser uma coisa mas não temos certeza, então, mudamos, mudamos e mudamos.
Hoje, aos 17, ainda não tenho a certeza do que gostaria de seguir. E nunca terei. Sigo aquela velha frase: "Faça o que gosta e nunca trabalhará", e assim escolhi minha profissão. Sem pensar no dinheiro, apenas naquilo que eu teria prazer em fazer.
E como foi dito anteriormente, não tenho certeza se é isso o que quero, mas no momento é o que mais vai me fazer feliz.
Admiro as raras exceções que seguem à risca aquilo que falam desde de pequenos. Conheço pessoas que desde que não eram entendidos por gente já sabiam o que seriam, e realmente, correm atrás para serem.
O que quero ser quando crescer ?
- Eu quero ser (ainda mais) feliz.

Carolina Gomes

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Evite amores utópicos.

Deixa eu te contar: para se viver uma grande de história de amor, tudo que se precisa é do amor em si. Não adianta vontade, nem o cara ou mulher maravilhosa. 

Muitas vezes nutre-se o sonho de viver amores de cinema, e acontece o que jamais deveria: depositamos em uma pessoa aleatória nossa vontade e passamos a viver em nossa mente um amor, na verdade inexistente. Apaixona-se pela ideia do que pode acontecer, não pela pessoa em si. Assim, transforma-se algo irreal na paixão das nossas vidas, ao criar uma imagem utópica de um relacionamento jamais possível além de nossos sonhos, se não se fizer com a pessoa certa. 

E dói perceber. Terminar um amor utópico machuca tanto quanto terminar um real. É a quebra de um conto de fadas que só você viveu, pela simples vontade de viver um de verdade. 

Mas quando você encontra um amor de cinema, ah, meu camarada... Não há nada que te impeça de perceber que é real. Todos a volta notam... Seus risos e sorrisos se fazem mais felizes. Não há nada como descobrir que, finalmente, se tem um sonho concretizado. Sonhar sem tirar os pés do chão é divino. E possível, basta ter calma, e esperar sempre. Por que o amor vem pros desavisados. 

Então deixa eu te contar: não crie amores. Deixe que os amores nos criem. Não anseie por paixões de revirar os olhos, deixe que os olhos revirem sem que você perceba. Quando existe química, quando existe por quê, quando existe real sentimento, o sonho vem sem que a gente note. Não deposite suas expectativas em qualquer sapo, esperando que ele vire príncipe. Isso é coisa de conto de fadas. E os contos de fadas da realidade só acontecem quando o amor realmente permeia dois corações. 

Júlia Fagundes

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Desistir

Desistir é mais fácil que tentar. Isso é fato! 
Mas que graça teria a vida senão fosse feita de desafios? Na hora que a corda aperta a primeira coisa que pensamos é largar tudo sem olhar pra trás e, pelo visto, nem pra frente. 
A caminha é longa, e não é fácil, mas é que precisamos passar por dificuldades para que lá na frente saibamos lidar com as aventuras e desafios da vida.
Provavelmente, isso, que vives agora, é um ensaio, muito do leve, do que está por vir. O ensaio geral nunca vamos ter, já que até na hora do espetáculo somos pegos de surpresa pelos os imprevistos que podem arruinar completamente tudo o que planejamos.
Tudo aquilo que é feito bem, com amor, uma hora vai dar certo. E se você não desistiu ainda é porque vai valer a pena.
Não importa quantos tombos você leve, levante a cabeça e siga em frente, o tempo certo vai chegar. 
E se forem muitos tombos, olhe ao redor, você ainda tem alguma coisa para aprender.
Lmbre-se, nunca desista de lutar por seus sonhos! 

Carolina Gomes

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Le pétit prince

Me relembrando de uma passagem de um dos meus livros preferidos, - se não o mais- o pequeno príncipe, eu tive que concordar... 

"As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: 'Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que preferem? Será que ele coleciona borboletas?' Mas perguntam: 'Qual a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?' Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dissermos às pessoas grandes: 'Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...' elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma ideia da casa. É preciso dizer-lhes: 'Vi uma casa de seiscentos contos'. Então elas exclamam: 'Que beleza!'"

E aí me veio à cabeça um episódio em que a minha mãe disse não conhecer meus amigos, mesmo depois de eu falar deles pra ela, e eu resolvi que então faria fichas sobre eles, pra ver se adiantava... Idade, data de nascimento, segundo grau, ocupação. Ela se contentou um pouco mais. "O pequeno príncipe era um verdadeiro sábio." Pensei em dizer pra minha mãe.. "Só se vê bem com o coração... o essencial é invisível aos olhos." 

Realmente. Aquelas fichas me fizeram sentir ridícula. Ninguém conhece o outro por saber sua data de aniversário. A minha melhor amiga conhece todos os meus números. Mas não é por conta deles que ela ganhou seu posto. É por que ela sabe o que vou falar. Por que ela sabe como vou reagir. É por que ela conhece meus detalhes... Ela sabe meu passado, presente, futuro... E ela está em todos eles. Ela conhece cada sutileza de mim, e garanto que nenhuma delas têm a ver com números... 

As pessoas grandes gostam de números. Assim como comecei com o blog, e comemoramos nossa primeira centena de curtidas na página.. Aquilo me soou tão legal.. Mas nunca é tão legal quanto encontrar com alguém que diz ler meus textos e que gosta do que faço... Que elogia um texto específico, ou diz que acompanha.. Não tem preço! Não existe número estatístico de visualizações que seja de tamanha grandiosidade! 

É por isso que o pequeno príncipe é mais que um livro. Ele não é um livro sobre as coisas, ou sobre uma história. Ele é um livro sobre nós. Quem o leu mais de uma vez, pôde ver o quanto ele soa diferente a cada vez que é lido. Ele permite que a gente descubra mais sobre si em cada leitura nova. 

Júlia Fagundes

domingo, 7 de junho de 2015

Carta à minha avó

Vó (s.f) - A mãe dos nossos pais. 
Duas letras. Parece uma palavra pequena mas sua grandiosidade e importância são indeléveis.
Aquela que busca sempre agradar da melhor maneira possível, que é capaz de tornar cada tradicional "domingo na casa da avó" único. 
Casa de vó tem uma coisa que mais lugar nenhum tem: o cheirinho dela. Inconfundível, indescritível e essencial. 
Ela nos mima até quando os pais estão brigando conosco e nos compreende dando cada vez mais esperança de realizar nossos sonhos.
Dieta? Isso não existe na casa dela. É só chegar lá que ela vai pro espaço. Quitutes são o que não faltam naquela cozinha. Pra quem quer saber o ingrediente principal é o AMOR.
Já o "amar" é uma palavra que tem quase que as mesmas características da palavra "Vó". Ao invés de um substantivo, é um verbo. E que verbo bonito de se conjugar. 
O amor é colorido. Transmite alegria e é uma das melhores fontes de qualquer outro bom sentimento da vida. É aquele que chega pra fazer uma visita e não podemos deixá-lo ir embora. Esse amor, sempre morou em nossos corações, e todos os dias nos lembramos dele... Tão lindo,puro, simples.. Lembramos também de seus carinhos e ensinamentos, do seu olhar de ternura, do seu olhar de vó que moram, e nunca saíram dos nossos corações...Sempre antes de dormir rezamos por você, para que tenhas em dobro tudo aquilo que pedes por nós.
Vó, o amor sempre esteve presente, não só nesta casa, mas em VOCÊ! Porque a senhora permitiu que ele entrasse e reinasse sobre todos nós. 
E hoje estamos aqui para agradecer por tudo o que recebemos e que se multiplica a cada dia em nossas vidas. Obrigada por ser nossa avó!
De todos os seus netos.

Carolina Gomes

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Pirado Nela


To aqui todo bobo vendo ela falar. Toda articulada, inteligente. Difícil de explicar minha felicidade em lembrar que no fim do dia ela repousa ao meu lado, serena e linda. Eu sou pirado nela. Sempre fui, desde o começo. Pirado mesmo, louco, faria de tudo só pra estar perto, pra vê-la sorrir. 

A simplicidade dela dispensa complementos, e todo mundo adora vê-la se divertir. Diversão também sem complementos: dispensava bebidas, homens e tudo mais. Só ela e a vida. Algumas vezes a pista, algumas vezes a vista, algumas vezes budista. Sua diversão era pura e genuína. Bonita de se observar. 

Eu pirava naquele sorriso. Dava vontade de sorrir junto, por que a minha felicidade, por diversas vezes era consequência da dela. Eu pirava naquela felicidade simples que só tinha visto naquela menina. Ela tinha que se transformar em minha menina, e assim foi. Minha menina, minha sina, minha pira, me ensina a viver sua vida libertina... Ah menina... 

Me desculpem tantas palavras... É que eu sou pirado nela... E nenhum verso, poesia, prosa, crônica, livro, explica o que sinto. 

Júlia Fagundes