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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Tempo novo

Me pego deitada sozinha no meu quarto. TV desligada apenas o barulho do ventilador girando. Uma música que muito gosto começa a tocar bem baixinho, como se fosse uma novela, uma verdadeira trilha sonora. Não sei dá onde veio e nem quem ligou. Deve ser o rádio que deixei ligado mais cedo sem sinal.
Minha cabeça começa a trabalhar e meus pensamentos tem vontade de pular pra fora. E ao invés que gritar uma lágrima escorre pelo meu olho esquerdo. 
Penso que não tenho mais o que fazer a não ser abandonar tudo, desistir e jogar tudo pro alto igual confete. A exaustão é tanta que nem que pra dormir eu tenho energia.
De novo a dúvida e angústia chegam e me tiram do meu estado de equilíbrio. Não só a dúvida do que fazer, mas também se vou conseguir fazer. 
Pode ser que tenha volta. Tem certos obstáculos que a vida nos apresenta que eram pra ser como cones, mas nós insistimos em construir um muro sobre eles. Até que a bomba estoure esse muro, eu vou escalando-o e espero que lá em cima eu encontre um pôr-do-sol marcando o início de um tempo novo. Carolina Gomes

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Minha nada mole vida.

Vivia a trancos e barrancos a bendita Severina. Vamos acordar cedo, que hoje é dia de branco. Qual o sentido dessa frase? No mínimo é um pouco racista. Vamos acordar cedo, que hoje é dia de gente! São 2 ônibus de ida e dois de volta até a casa da patroa. Alguns achariam chato, cansativo. Severina acha divertido. Senta-se na cadeira em que mais acontece rotação das pessoas que ali estão, só pra bater papo com gente diferente. Ouvir histórias de ônibus. Não passava em nenhuma paisagem bela. Alguns achariam aquilo um saco, chorariam por não estar a avistar o mar de Copacabana, tão lindo. Severina olha em volta e quando vê alguma cena, imagina histórias, contos, livros, novelas. 

Quando chega no serviço, a patroa ainda dorme, e ela prepara um café da manhã gostoso, por que o café é a refeição mais importante do dia. Só não sabia que a patroa deixou de presente uma barata encurralada na dispensa. Alguns sairiam correndo e chorariam de pavor. Severina mete spray inseticida na barata e morre de rir quando ela se contorce no chão. 

Alguns minutos depois, a patroa acorda, com um sorriso, "bom dia Severina, que café com cara de gostoso!" E Severina abre a cara pra sorrir, feliz pelo reconhecimento de ter feito um simples café. 

A patroa saca um iPhone do bolso e começa a mexer freneticamente. Severina assusta e diz "sempre quis ter uns negócios desses ai, sabia? Mas o dinheiro nunca deu pra nem chegar perto. To com um pai de santo ali que só recebe." Alguns se abateriam diante desse fato e chorariam por não usar o instagram e seguir os famosos na rede. Severina gargalha e diz "mas ainda bem né? Dizem que isso ai é o mal do século, as pessoas nem conversam mais cara a cara. Prefiro bater papo com o porteiro." 

Quando a patroa sai pra trabalhar, Severina vai fazer o almoço. As batatas estavam ruins, e ela desce no supermercado pra comprar novas. Ela sabe que aquele lugar só é frequentado por gente rica, devido à região em que se encontrava. E todo mundo a olhava de rabo de olho. O que essa empregada está fazendo aqui? Acontece que Severina impina o nariz e segue pra fazer as compras. Na hora de pagar, uma mulher a encara tanto que ela diz "que foi moça, ta admirando minha pele negra que é menos provável de ter ruga? Fica assim não, a senhora tem dinheiro pra aquele negocio, como o nome? Botox" e sai rindo. 

Ao passar em frente de uma farmácia no caminho, ela ouve uma adolescente dizer "por que minha vida é tão ruim? Por que tudo dá errado?" E resolve parar. Olha pra menina, que chora em desespero e diz "Ô minha filha, a vida é todinha todinha um teste. Eu não sei o que aconteceu, e sei que seus problemas são diferentes dos meus, mas ainda assim te fazem mal do mesmo jeito. Mas eu aprendi que quando a gente dá uma risada boa pra vida, ela devolve em forma de coisa boa... Se a gente enxergar o mundo com olhos de positividade, as coisas ficam bem mais fáceis... Então não fica assim não... A sua vida não é ruim... Você ta só passando por um problema, e ele logo se resolve se você deixar ele tão pequenininho na sua mente que seu pé pode esmagar ele!" Deu um abraço na menina e saiu andando.. Severina gostava de fazer o bem. 

Fez o almoço, limpou a casa da patroa e pegou suas duas conduções de volta pra sua humilde residência. Severina vive uma nada mole vida, mas sorri sempre que algo a entristece, e a atmosfera parece ficar leve.

Júlia Fagundes 

domingo, 19 de outubro de 2014

Há tempos.

Há tempos venho reconsiderando que personagens manter na novela da minha vida. Chega um momento que você dá um basta em viver com personagens coadjuvantes que só pesam no elenco, servem pra encher linguiça entre uma cena e outra, mas não fazem a mínima diferença no roteiro desse filme. E ainda cobram salário, ou seja, pesam ainda mais. 

Há tempos venho selecionando melhor com quem vale a pena discutir a relação. E com quem faz por onde, debato até que tudo se arrume. Mas pra alguns já não tenho paciência. Então se não gosta de mim, me descurte quieta, e não discute.

Há tempos venho escrevendo sobre o funil da vida. Acho que estou crescendo, e por isso estou percebendo que as pessoas vão embora mesmo. Mas pior ainda é perceber que quando elas vão, já não fazem mais tanta falta. Que bom, imagina se fossem quando faziam! 

Há tempos venho eliminando qualquer bagagem extra, e deixando minhas mãos livres pra tirar o cabelo do rosto nessa caminhada, ao invés de as ocupar com verdadeiras malas. 

Há tempos que já não me estresso com gente que não me acrescenta. Descobri que se você não me somar, vai ter que sumir. 

Há tempos que a correria da vida me impôs a condição da falta de paciência, o que me leva a cortar tudo que pode me tirá-la facilmente do dia a dia. 

Há tempos que a vida já não é a mesma, mas posso dizer que há tempos que a vida é melhor. Eu já quis um dia ter nascido sabendo tudo, mas acho que aprender com cada passo é bem mais divertido. 

Há tempos que percebo que há pessoas que as vezes me soavam melhores ou piores do que outras, mas que hoje vejo que apenas divergem de minha visão do mundo. E se assim o fazem, e não conseguem lidar com tal fato, convivendo em paz, que se afastem. 

Há tempos que as coisas já não me doem como antes, que evito dramas meus. 

Há tempos que ando aprendendo, caminhando. As bolhas nos pés existem, mas meus pés cansados insistem. Vou caminhar até a exaustão. E o dia que eu cansar, hoje sei exatamente quem vai me carregar.

Júlia Fagundes 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Cri cri cri

Já pensou como seria a vida sem música ?
Pra começar, os passarinhos seriam mudos. Não haveria o barulho dos carros e muito menos das buzinas. Todo som, dependendo da maneira como é visto, pode ser música. Também perderíamos as horas todas as manhãs, quem nos acordaria?

Morreríamos sufocados pelos pensamentos que não conseguiríamos digerir. Aqueles que a música não explicaria. E não teríamos boa parte dos sentimentos mais belos da vida. A música, pelo menos em mim, desperta lados que nunca imaginei.
E, as vezes, é qualquer música que pode fazer isso. Pode ser aquela que te leve nas nuvens ou até mesmo aquela que te faça mexer o popozão.
 
Música boa não fica velha, não tem gênero ou ritmo espefícico.. Tem poesia e sementes. Sementes pra plantar dentro de cada um nós o que é preciso para que ela se torne responsável por um sentimento. Depois é nosso papel regar e tirar as pragas das plantinha que agora temos dentro de nós.
 
A trilha sonora da minha vida é bem diversificada e gosto de renová-la sempre. Pois cada fase é uma fase, ou melhor, cada fase é uma música. E ainda bem que existem muitas.
 
Carolina Gomes

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O certo túnel.



Eis que chega a hora de atravessar o túnel. Os carros não param e as luzes acendem em constante harmonia. Se eu for pega por um carro, não sei pra onde vou, meu caminho vai ser cortado e pode ser que eu não volte pra rota.

Meu objetivo é chegar ao outro lado viva. Vivíssima. Com amor, sabedoria, amigos, livros... Enfim, viva. O sinal fecha, tenho a oportunidade de passar para o outro lado, mas a distância é muito grande e pode ser que eu morra. Decido então atravessar até a mureta que divide as duas vias de dois sentidos diferentes. 

Ufa! Quase que não deu. Passei por cima de alguns carros e me fiz de invisível e atravessei outros. Mas, a travessia não tem graça se não tiver adrenalina. Ou melhor, aprendizado. Se eu pulei esse carro, como vou fazer com o outro?

Tenho que aprender a entrar no carro certo e este vai me levar para o seu destino. O meu destino. Nunca saberei qual é o carro certo, então meu objetivo agora é encontrá-lo e que ele esteja com bastante combustível, pois eu quero ir muito longe.

Carolina Gomes

sábado, 4 de outubro de 2014

Laços na memória



Sempre ouvi todo mundo falar que poucos amigos são pra vida toda, que muitos se perdem no meio do caminho. Pra mim os verdadeiros ficam. E os verdadeiros são aqueles que marcaram de alguma forma nossas vidas. Não importa se são da nossa idade ou não.
Amizade é uma palavra que está ligada a reciprocidade. Claro! Se não for pra ser dos dois lados não tem base, não tem na sustentação. E é melhor ter uma amizade por um fio, do que com uma base sólida. O fio é de aço, ele pode balançar e não se rompe. Já a base sólida no primeiro impacto pode apresentar rachaduras ou até mesmo quebrar.
Bom é lembrar-se de tudo o que vivemos. Mas afinal, de que é feita a memória? - É feita dos bons e ruins momentos de nossas vidas. Feita de tudo que marcou que fez a diferença, que é bom pra alma. A memória é feita de purpurina.
Eu peço que minha memória seja boa para lembrar-se de tudo que me fez bem, que me fez feliz. E que também esqueça os momentos de dor e tristeza em que já aprendemos o que tinha que ser ensinado.
Por isso, lembre-se sempre dos que marcaram sua vida. Que estiveram com você em todos os momentos e daqueles que te ensinaram o que eles têm de melhor. O tempo passa. As coisas mudam. Os caminhos se cruzam e descruzam. Mas os laços ficam.

Carolina Gomes

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Por quanto tempo esperarias pelo amor da sua vida?

Por quanto tempo esperarias pelo amor da sua vida? 

Ao som de um português de Portugal carregado de sotaque, assisti ao vídeo que começava com essa frase atentamente. Ao fim de todo aquele ensinamento, me questionei. E eu? Até quando eu esperaria pelo amor da minha vida? 

O amor da minha vida já me deu um oi. Mas nunca um tchau. Acho que é por isso que o chamo de "da vida". É meio tolo falar, quando eu sou tão nova, que achei o cara. E mais tolo ainda seria eu explicar a imperfeição que somos, a inconstância que sempre seremos, e ainda assim, o amor da vida um do outro. 

Eu esperei por ele. Por que quando ele deu oi, eu me apaixonei. Ele não dava oi com a boca. Dava oi com os olhos. E isso conquistou meu coração. Seus olhos não eram tão grandes quanto os meus, mas sabiam me ler perfeitamente. E quando ele me deu até logo, eu sabia que eu ia esperar o próximo oi. A gente nunca conseguiu dar tchau. Nunca foi um adeus. A gente descobriu que entrelaçou nossas vidas num laço forte. Passei tanto tempo amarrando o cadarço do meu tênis sempre da mesma forma... E vez ou outra amarrava um pé no outro e caía. Hoje, descobri que devia ter enlaçado o meu no dele a muito tempo, e assim andaríamos lado a lado. Tornou-se impossível o envolvimento completo com outras pessoas, sabendo da existência desse amor que padecia calmo e esperava com paciência para que o alerta o reavivasse. 

Acho que eu esperaria muito tempo pelo amor da minha vida, senhor português de Portugal... O oi chegará de mansinho, como todas as outras vezes, e seu impacto será arrebatador...

Júlia Fagundes 

domingo, 28 de setembro de 2014

Passa o celular.

Tava esperando pra ir pro retiro
"Passa o celular rapaz"
Corri, e de repente um tiro

Eu só queria pegar o ônibus moço
Como que minha vida acaba assim? 
Do nada fui pro fundo do poço.

Começo a perder sangue 
Seu policial, só peço que prenda essa gangue! 
Já entendi que tô morrendo

Eu amo você mãe! 
Manda um beijo pro pai.
Eu também amo ele.
Uma bênção da vó.
Amo ela também. 

Será que ele pelo menos levou meu celular? 
Foi tudo tão rápido que eu nem consegui olhar...

Eu tinha coisa pra caramba pra viver..
Não deu tempo de nada.

O pior é olhar pra trás e ver
Quanta coisa eu deixei de dizer...
Pra mim não deu
Mas ainda há tempo pra você.

Júlia Fagundes 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

É


É, as coisas não são como eu pensava.
É, a flor abriu e agora guarda.
É, tem dentro um poema a mais.
É, tem mais que muito mais que eu pensei.

É, eu achei que as coisa não mudavam.
É meu coração agora dilatado.
É, se completa com a felicidade.
É a saudade que me invade lentamente.

É, a beleza das praias de Ipanema.
É, o balanço das ondas.
É, ficar à milanesa na orla.
É, um sorriso que faz toda diferença.
É, em um abraço eu quero viver.
(Em paz.) 

É, com você a vida brilha mais.
É, a leveza do caminho percorrido.
É, ficou mais fácil com esse dia lindo.
É, to bem feliz agora.

Carolina Gomes

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Quase sem querer 1: Seu olhar

E dando continuidade musical aqui....Das músicas que retornam na vida no momento certo e acabam de certa forma explicando um pedaço de mim...
Decidi compartilhar com vocês uma música que conheço faz tempo, mas tenho escutado muito ela e consequentemente pensado. Não só a música propriamente dita, mas no que fala a letra também.
Como de costume, vou deixar a musica aqui e desta vez a letra também. Pensem, reflitam, escutem uma, duas, três... Quantas vezes quiserem...Espero que gostem.

E em breve "Quase sem querer 2: Meu olhar”.

Quase sem querer - Legião Urbana/ Maria Gadú
"Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
Ainda estou confuso só que agora é diferente
Tô tão tranquilo e tão contente
Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo mundo
Que eu não precisava provar nada pra ninguém
Me fiz em mil pedaços pra você juntar
E queria sempre achar explicação pra o que eu sentia
Como um anjo caído fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira
Mas não sou mais tão criança
A ponto de saber tudo
Já não me preocupo se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
Eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente um dos Deuses mais lindos
Sei que às vezes uso palavras repetidas
Mas quais são as palavras que nunca são ditas?
Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como te quero tanto
Já não me preocupo se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
Eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você"

Carolina Gomes

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pitacos

 Estou vivendo minha vida tranquila e de cara aberta pro mundo. Um sorriso aqui, outro ali. E de repente me aparece alguém pra dar pitaco. Pausa aqui. A vida não era minha? Ah sim, agora podemos continuar a falar. 
Certas pessoas não entendem: pra se esquecer um amor, é preciso vive-lo até o fim. Nunca serei forte o suficiente ao conviver com a dor de não saber se dei tudo de mim, ou o que poderia acontecer se eu não tentasse. 
Eu aprendi com a vida e as circunstâncias, que tudo bem errar, olha que lindo! Não mata ninguém chorar um pouco por decepção amorosa, não faz tao mal assim ir ao chão uma vez ou outra. A gente sempre se levanta. 
E é isso que pra mim falta em algumas pessoas hoje em dia. Eu nunca tive, nem nunca terei medo de me jogar de cabeça. Pra que medo de quebrar a cara? Medo de se magoar? Vivo intensamente cada passo que dou. E se dou algum passo em falso, caio, levanto e continuo andando, não morri por isso! A vida não para por ninguém! E ainda bem! 
Entre pitacos e conselhos, meu coração é meu guia. Não você, ou você. Muito menos você aí. Sabia? 
No fim das contas, meus amigos de verdade vão sempre me apoiar se eu precisar. Por mais que tenham me avisado antes. Eu sempre prefiro aprender quebrando a cara. 
Entre trancos e barrancos, lá vou eu, a la Zeca pagodinho! Nunca desistindo do que quero e penso. 
Entre amores e desamores, vou aprendendo.
E entre quedas e voltas ao meu eixo, vou sempre sobrevivendo.

Júlia Fagundes 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Quando eu crescer...



Quando eu crescer quero ser arquiteta, pra poder construir grandes casas de amor no coração das pessoas.
Quando eu crescer quero ser padeira, pra fazer sonhos se tornarem realidade.
Quando eu crescer quero ser professora, que poder ensinar aos outros a melhor parte de mim. 
Quando eu crescer quero ser médica, pra cuidar do lado de dentro das pessoas.
Quando eu crescer quero ser escritora, pra continuar escrevendo minha história da melhor forma possível.
Quando eu crescer quero ser design, pra desenhar um belo cenário pra minha história. 
Quando eu crescer quero ser jornalista, pra contar pros meus filhos, netos, bisnetos, trinetos, tataranetos tudo o que já vi nessa vida.
Quando eu crescer quero ser secretária, pra receber de braços abertos tudo o que há de chegar, tudo o que há de bom.
Quando eu crescer quero ser advogada, pra defender com unhas e dentes a legalização do amor. E da dor.
Quando eu crescer quero ser dentista, pra saber conservar o sorriso do próximo.
Quando eu crescer quero ser atriz, pra engolir minhas angústias e escutar a dos outros. 
Quando eu crescer quero ser empresária, pra saber administrar o meu e quem sabe o seu coração.
Quando eu crescer quero ser gemóloga, pra ter guardada comigo as melhores pedras preciosas. Quando eu crescer quero ter uma banda, pra escrever pelo menos uma das músicas de minha trilha sonora.
Quando eu crescer quero ser turista, pra conhecer cada canto desse mundo.
Quando eu crescer quero ser fotógrafa, pra ter um olhar poético e ver os melhores lados das coisas.
Quando eu crescer quero ser gente, que anda, ri e chora.
Quando eu crescer quero ser feliz.

Carolina Gomes

domingo, 17 de agosto de 2014

Lado avesso

Um mês. Foi o tempo que a minha vida precisou pra virar ao avesso de vez. E o lado avesso aparece ser de outra galáxia.
E quanto estou aprendendo e me divertindo aqui. Mas não é só isso que tem do outro lado. Tem um lugar onde tudo é diferente. Tudo mesmo. Os valores, costumes, assuntos e as cabeças. E tem um novo jeito de olhar para as coisas, e achar graça. Um novo olhar para o que tenho, o que não tenho e o que quero ter.
Aprendi a diferença entre o essencial e o necessário. E que devo cultivar a felicidade, não só no meu, mas em todos os corações. Vi, com meus próprios olhos, que um sorriso pode dizer muito, pode mostrar que pequenos atos fazem a diferença. Descobri que todos têm um brilho nos olhos, mas sua intensidade depende de como olhamos pra ele. E muita coisa que ontem era importante, hoje nem faz falta. 
Isso de querer abraçar o mundo com os braços e as pernas um dia ainda vai me levar longe. Acho que já entendi pelo menos um parágrafo dessa vida que é cheia de surpresas. Só abusei da minha paciência e o quebra-cabeça se encaixou. Que bela imagem formou,
Carolina Gomes
"De repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso é o seu lado certo." - Caio F. Abreu