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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Por quanto tempo esperarias pelo amor da sua vida?

Por quanto tempo esperarias pelo amor da sua vida? 

Ao som de um português de Portugal carregado de sotaque, assisti ao vídeo que começava com essa frase atentamente. Ao fim de todo aquele ensinamento, me questionei. E eu? Até quando eu esperaria pelo amor da minha vida? 

O amor da minha vida já me deu um oi. Mas nunca um tchau. Acho que é por isso que o chamo de "da vida". É meio tolo falar, quando eu sou tão nova, que achei o cara. E mais tolo ainda seria eu explicar a imperfeição que somos, a inconstância que sempre seremos, e ainda assim, o amor da vida um do outro. 

Eu esperei por ele. Por que quando ele deu oi, eu me apaixonei. Ele não dava oi com a boca. Dava oi com os olhos. E isso conquistou meu coração. Seus olhos não eram tão grandes quanto os meus, mas sabiam me ler perfeitamente. E quando ele me deu até logo, eu sabia que eu ia esperar o próximo oi. A gente nunca conseguiu dar tchau. Nunca foi um adeus. A gente descobriu que entrelaçou nossas vidas num laço forte. Passei tanto tempo amarrando o cadarço do meu tênis sempre da mesma forma... E vez ou outra amarrava um pé no outro e caía. Hoje, descobri que devia ter enlaçado o meu no dele a muito tempo, e assim andaríamos lado a lado. Tornou-se impossível o envolvimento completo com outras pessoas, sabendo da existência desse amor que padecia calmo e esperava com paciência para que o alerta o reavivasse. 

Acho que eu esperaria muito tempo pelo amor da minha vida, senhor português de Portugal... O oi chegará de mansinho, como todas as outras vezes, e seu impacto será arrebatador...

Júlia Fagundes 

domingo, 17 de agosto de 2014

Lado avesso

Um mês. Foi o tempo que a minha vida precisou pra virar ao avesso de vez. E o lado avesso aparece ser de outra galáxia.
E quanto estou aprendendo e me divertindo aqui. Mas não é só isso que tem do outro lado. Tem um lugar onde tudo é diferente. Tudo mesmo. Os valores, costumes, assuntos e as cabeças. E tem um novo jeito de olhar para as coisas, e achar graça. Um novo olhar para o que tenho, o que não tenho e o que quero ter.
Aprendi a diferença entre o essencial e o necessário. E que devo cultivar a felicidade, não só no meu, mas em todos os corações. Vi, com meus próprios olhos, que um sorriso pode dizer muito, pode mostrar que pequenos atos fazem a diferença. Descobri que todos têm um brilho nos olhos, mas sua intensidade depende de como olhamos pra ele. E muita coisa que ontem era importante, hoje nem faz falta. 
Isso de querer abraçar o mundo com os braços e as pernas um dia ainda vai me levar longe. Acho que já entendi pelo menos um parágrafo dessa vida que é cheia de surpresas. Só abusei da minha paciência e o quebra-cabeça se encaixou. Que bela imagem formou,
Carolina Gomes
"De repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso é o seu lado certo." - Caio F. Abreu

terça-feira, 29 de julho de 2014

Os olhos

Eu me perdi nos olhos dela. Não era mais uma cantada de pedreiro. Muito menos me perdi como um viajante que esqueceu de perguntar o caminho no posto Ipiranga. Me perdi em pensamentos. 

Seu olhar brilhava. E se pareciam, de forma clichê, com duas estrelas. E você sabe, dizem que as estrelas são responsáveis por alinhar o universo... pois bem, aquelas estrelas desalinhavam o meu cosmo toda vez que eu as olhava. Encarar aqueles olhos era o mesmo que se sentir imerso em amor. 

Pena que ninguém sabia, que pra a conhecer era só olhar ali. Era mesmo uma pena que pouca gente tivesse descoberto o dicionário do olhar, que com ela dava pra aprender em menos de 24 horas só de ficar observando aquelas jabuticabas brilhantes de moverem. Pena que esse dicionário não está transcrito. 


Ela já havia me dito que seus olhos eram a porta da sua alma, e eu não acreditei até bater (3 vezes por que sou fã do Sheldon) nessa porta e descobrir que o passe era livre pra quem quisesse entrar



Júlia Fagundes

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Microscópio



Faço de meus olhos um microscópio, estou sempre tentando enxergar nas pequenas coisas as maiores. Que mal há nisso? Só há bem, calma e alma.

Existem coisas pequenas que nem no microscópio conseguimos ver tudo. E as grandes, maiores que nossos olhos, que também precisamos de um microscópio. Ou não. Elas podem simplesmente não dizer nada, ou tudo.

Podem falar tão embalado, que vamos precisar de tempo pra desenrolar tanta novidade. Podem falar em outro idioma, vamos precisar esperar o tempo certo pra entender a mensagem. Podem nos dar um nó. Podem nos dar o mundo.

Legal é quando o espelho vira vidro. E do outro lado a vista é ainda mais bonita.

Carolina Gomes