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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Tempo novo

Me pego deitada sozinha no meu quarto. TV desligada apenas o barulho do ventilador girando. Uma música que muito gosto começa a tocar bem baixinho, como se fosse uma novela, uma verdadeira trilha sonora. Não sei dá onde veio e nem quem ligou. Deve ser o rádio que deixei ligado mais cedo sem sinal.
Minha cabeça começa a trabalhar e meus pensamentos tem vontade de pular pra fora. E ao invés que gritar uma lágrima escorre pelo meu olho esquerdo. 
Penso que não tenho mais o que fazer a não ser abandonar tudo, desistir e jogar tudo pro alto igual confete. A exaustão é tanta que nem que pra dormir eu tenho energia.
De novo a dúvida e angústia chegam e me tiram do meu estado de equilíbrio. Não só a dúvida do que fazer, mas também se vou conseguir fazer. 
Pode ser que tenha volta. Tem certos obstáculos que a vida nos apresenta que eram pra ser como cones, mas nós insistimos em construir um muro sobre eles. Até que a bomba estoure esse muro, eu vou escalando-o e espero que lá em cima eu encontre um pôr-do-sol marcando o início de um tempo novo. Carolina Gomes

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Por quanto tempo esperarias pelo amor da sua vida?

Por quanto tempo esperarias pelo amor da sua vida? 

Ao som de um português de Portugal carregado de sotaque, assisti ao vídeo que começava com essa frase atentamente. Ao fim de todo aquele ensinamento, me questionei. E eu? Até quando eu esperaria pelo amor da minha vida? 

O amor da minha vida já me deu um oi. Mas nunca um tchau. Acho que é por isso que o chamo de "da vida". É meio tolo falar, quando eu sou tão nova, que achei o cara. E mais tolo ainda seria eu explicar a imperfeição que somos, a inconstância que sempre seremos, e ainda assim, o amor da vida um do outro. 

Eu esperei por ele. Por que quando ele deu oi, eu me apaixonei. Ele não dava oi com a boca. Dava oi com os olhos. E isso conquistou meu coração. Seus olhos não eram tão grandes quanto os meus, mas sabiam me ler perfeitamente. E quando ele me deu até logo, eu sabia que eu ia esperar o próximo oi. A gente nunca conseguiu dar tchau. Nunca foi um adeus. A gente descobriu que entrelaçou nossas vidas num laço forte. Passei tanto tempo amarrando o cadarço do meu tênis sempre da mesma forma... E vez ou outra amarrava um pé no outro e caía. Hoje, descobri que devia ter enlaçado o meu no dele a muito tempo, e assim andaríamos lado a lado. Tornou-se impossível o envolvimento completo com outras pessoas, sabendo da existência desse amor que padecia calmo e esperava com paciência para que o alerta o reavivasse. 

Acho que eu esperaria muito tempo pelo amor da minha vida, senhor português de Portugal... O oi chegará de mansinho, como todas as outras vezes, e seu impacto será arrebatador...

Júlia Fagundes 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Quase sem querer 1: Seu olhar

E dando continuidade musical aqui....Das músicas que retornam na vida no momento certo e acabam de certa forma explicando um pedaço de mim...
Decidi compartilhar com vocês uma música que conheço faz tempo, mas tenho escutado muito ela e consequentemente pensado. Não só a música propriamente dita, mas no que fala a letra também.
Como de costume, vou deixar a musica aqui e desta vez a letra também. Pensem, reflitam, escutem uma, duas, três... Quantas vezes quiserem...Espero que gostem.

E em breve "Quase sem querer 2: Meu olhar”.

Quase sem querer - Legião Urbana/ Maria Gadú
"Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
Ainda estou confuso só que agora é diferente
Tô tão tranquilo e tão contente
Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo mundo
Que eu não precisava provar nada pra ninguém
Me fiz em mil pedaços pra você juntar
E queria sempre achar explicação pra o que eu sentia
Como um anjo caído fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira
Mas não sou mais tão criança
A ponto de saber tudo
Já não me preocupo se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
Eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente um dos Deuses mais lindos
Sei que às vezes uso palavras repetidas
Mas quais são as palavras que nunca são ditas?
Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como te quero tanto
Já não me preocupo se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
Eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você"

Carolina Gomes

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Quando dá na telha



E me vem àquela vontade louca de sair, sumir e voar! De jogar tudo pro ar e viver pelo menos um dia sem me preocupar com nada. Sem pensar no futuro e no que vou ter que fazer daqui a 2 horas.
Mas como vou me desligar do mundo se o mundo não se desliga de mim?
Tenho uma louca vontade de andar na rua sem rumo, de poder deitar no parque e ficar horas admirando o vai e vem dos pássaros e o cair das folhas, de rir de nada e tudo ao mesmo tempo. Às vezes tento fazer isso (tudo), mas é quase impossível. E quando consigo por pelo menos alguns minutos, uma bomba explode dentro da minha cabeça e começa tudo de novo. As horas de dormir são oportunas para isso, mas é a hora que a ficha cai e meu estado de hibernação também.
Vontade de acrescentar mais algumas horas no meu dia para poder viver outro lado e o que quero, pra poder fazer aquilo que dá na telha e renovar pelo menos uma parte de mim. Vontade maior ainda é de quando voltar à realidade tudo estar como eu deixei, pois isso tudo faz parte da vida, da minha vida. De mim.

Carolina Gomes

sábado, 23 de agosto de 2014

Mímicas do coração



Às vezes quem a gente procura está mais perto do que a gente imagina. E como foi engraçado. Você estava ali o tempo todo, esperando o momento certo de dar o bote. Foi esperando tanto que você me conquistou.

O tempo passou, nós mudamos, amadurecemos, nos afastamos e o destino nos uniu de novo. Rimos. Brincamos. Conversamos. Nos amamos. O tempo foi decisivo para nós. A direção também.

Quantas foram as vezes que quiseram nos separar, mas nós éramos reflexos, como o símbolo do infinito. Perdi a conta de quantos foram os dias sem palavras, com apenas gestos e olhares. Parecíamos externamente invisíveis uns aos outros. Nada mais que um simples "Bom dia" seguindo de uma enorme vontade de falar tudo.

Você não imagina o quanto me ensina, mesmo sem querer. E mesmo que não seja eterno, que eu continue aprendendo...

Carolina Gomes

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Próximo!



As luzes se apagam. Começa o julgamento. No silêncio minha cabeça fala mais  do que em qualquer lugar. Na escuridão meus olhos enxergam mais do que na luz. Meu coração se afoba, parece que vai sair pela boca. E quando eu menos espero ele salta.

Eu morri? Não. Estou vivinha da Silva. Ele saiu, mas voltou e eu? Hoje ele nem se lembra de mim, talvez amanhã. Só eu que me preocupo em ir ao cardiologista regularmente para fazer um check-up. Nem uma lágrima ele chorou, mas sei que pensou um mundo sobre mim.

Porque eu ainda perco meu tempo pensando nisso? Vou passar pra outro. Ele já teve sua vez. Próximo. Esse apareceu no meu mapa astral. Voltei. Será que ele é mesmo perda de tempo?

E em circulo alternado do nada ele me aparece e eu simplesmente me pergunto por que tanto vai e vem? Porque não se aloja de vez em mim? Cada vez que ele vem é um sorriso e cada despedida, uma lágrima. E ao poucos o diamante, antes tão resistente, vai se desgastando. E quando finalmente não há existe mais "vem".. próximo!

Carolina Gomes

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Tempestade


Do nada o tempo fecha. Me sinto como se uma bigorna tivesse caído em cima de mim. Meu estômago está tão embrulhado que parece que comi queijo gorgonzola estragado. O céu está escuro e até chego a acreditar que o sol não vai aparecer nunca mais. E tempestade começou. 

Tomo cuidado pra não me afogar nas poças de água, desvio de um raio ou outro. E ela se transforma em chuva.
Então abro meu guarda-chuva e vejo toda aquela água que agora escorre sobre ele. Meu escudo. Toda aquela água que estava guardada no céu, que agora precisa descarregar pra aguentar as outras que estão por vir. Virou garoa.
Agora visto minha capa de chuva e nela fica retida parte da água que antes caía do céu. Passou.
Nem água, nem vento. Tudo voltou ao normal. Tudo que tenho que fazer agora é enxugar a varanda molhada e aguardar a próxima tempestade.

Carolina Gomes

sábado, 26 de julho de 2014

Tão rara 2: Meu olhar



Atenção! É importante que você ouça a música "Paciência" do Lenine, antes de ler este texto. Ouça aqui. 
E se você não sabe do que eu estou falando, leia “Tão rara 1: Seu olhar”.

"Enquanto o tempo acelera e pede pressa.. Eu me recuso, faço hora, vou na valsa. A vida é tão rara!"

Hoje parei pra pensar sobre o tempo. O tempo e nossas vidas. O tempo mais importante pra mim, talvez, seja o agora. Daqui a algumas horas, pra mim já é futuro, e eu não tenho como rebobinar a fita. O agora é tão importante quanto o amanhã. O agora pode ser o amanhã. Pode ser o ontem. Como pode não ser nenhum dos dois. Mas uma coisa é certa: o agora é o passado de amanhã e o futuro de ontem. 

O futuro daqui a pouco vira o agora e depois o passado. E quando é que o passado vai voltar a ser o agora? Só quando inventarem uma máquina do tempo. Me lembro como se fosse ontem do Cazuza me contando que via o futuro repetir o passado. Eu também via, mas queria que o passado mudasse o futuro!

O tempo corre! Está em uma verdadeira metamorfose ambulante. É como uma esteira, se você fica parada ele te derruba, ele nunca para. O tempo ultrapassa qualquer limite de velocidade, de repente ele passa e você nem vê. O tempo passa e a vida também. O tempo é infinito e a vida é finita. Uma coisa os dois tem um comum: não podemos deixá-los passar despercebido.

"A vida não para"

"Tão rara 3: Meu outro olhar" Em breve.

Carolina Gomes