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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Cilada

O silêncio me diz mais que as ondas sonoras que entram em meus ouvidos.
Minha lágrimas molham mais que um balde d’água.
No escuro, faço as estrelas brilharem porque simplesmente quero que elas estejam ali.
Faço da lua minha bússola, me guia e me leva pra estrada.
No papel coloco meus pensamentos, uso e abuso das palavras.
Na terra desenho meu mapa.
E da armadilha que é você, eu desvio.

Carolina Gomes

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Próximo!



As luzes se apagam. Começa o julgamento. No silêncio minha cabeça fala mais  do que em qualquer lugar. Na escuridão meus olhos enxergam mais do que na luz. Meu coração se afoba, parece que vai sair pela boca. E quando eu menos espero ele salta.

Eu morri? Não. Estou vivinha da Silva. Ele saiu, mas voltou e eu? Hoje ele nem se lembra de mim, talvez amanhã. Só eu que me preocupo em ir ao cardiologista regularmente para fazer um check-up. Nem uma lágrima ele chorou, mas sei que pensou um mundo sobre mim.

Porque eu ainda perco meu tempo pensando nisso? Vou passar pra outro. Ele já teve sua vez. Próximo. Esse apareceu no meu mapa astral. Voltei. Será que ele é mesmo perda de tempo?

E em circulo alternado do nada ele me aparece e eu simplesmente me pergunto por que tanto vai e vem? Porque não se aloja de vez em mim? Cada vez que ele vem é um sorriso e cada despedida, uma lágrima. E ao poucos o diamante, antes tão resistente, vai se desgastando. E quando finalmente não há existe mais "vem".. próximo!

Carolina Gomes

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ar condicionado



Como você pode ser tão frio diante disso tudo? Não vê que meu coração ainda esta em chamas? Engoliu um ar condicionado, foi? Pois é, também sei ser fria quando quero.
Como pode um coração tão manteiga se apaixonar por um tão pedra? Ou será que é ao contrário? Sei que por trás dessa sua pinta de machão tem um cara que se mostra primeiro, um cara que sente.
Opa! Vejo um brilho nos olhos. Já está melhorando. Acho que não preciso mais te fazer um transplante de coração.
Olha! Você está tremendo. Por mim? Não! Só pode ser de frio, porque né? Não é possível! Você está chorando. Pois é, precisou você me perder pra saber que eu sou parte de você.
Não disse? Não caio mais nesse seu conto do vigário. Então, agora o meu coração se fechou, e a única chave que existe foi dada a esse que está do meu lado.

Carolina Gomes

sábado, 9 de agosto de 2014

A gente



No meio de tanta gente,
A gente se encontrou.
E formamos um "nós".
Um nó.
Que não foi cego.
Virou um laço
E hoje voltou a ser a gente.  

No meio de tanta gente
Eu me encontrei.
Sem você.
A gente agora está no meio de toda essa gente
Que forma um fio.
De aço.
De gente,
Que sente.

Carolina Gomes

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Silêncio



Táxi siga aquele carro! Não! Siga aquele cara! Pra onde ele pensa que esta indo? Acha que é só dar as costas e ir embora, assim, sem falar nada? Vai me deixar aqui falando sozinha?  Pois eu não vou desistir em quanto não ouvir pelo menos uma palavra sua. Qualquer coisa que me explique o que aconteceu, ou está acontecendo.

O que eu te fiz? Deixei de te falar "bom dia" algum dia? De te dizer “eu te amo”? De te dar presente no ultimo aniversário? De te fazer carinho? 
Acho que deixei de te entender.
Tenho uma lista enorme de coisas sobre você e nem por isso te dei as costas, assim do nada, sem falar um "a".
Fui eu mesma que disse que o silêncio fala muito. Mas o seu está difícil de entender. Me empresta seu dicionário?


Carolina Gomes

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Sujeito


Sou um sujeito simples. Pra mim a felicidade basta e sozinha sei que posso me virar. Mas eu quero mais...

Quero ser um sujeito composto. Pra poder andar sempre ao seu lado e depender de você pra ser esse tipo de sujeito. Com você meu verbo sempre concorda em numero, gênero e grau. E quando outro sujeito entra na oração, ele permanece inexistente pois meu verbo é seu. 

Eu, Tu, Nós. Também somos um sujeito indeterminado. Ninguém nos entende além de nós mesmos. Não precisamos de objetos, nossos verbos conversam por si próprios. E predicados, sim eles existem, o melhor deles é o que de fato me afetou: o amor.

Carolina Gomes

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Eu sei disso e você também.

Você não vai perceber de primeira o quanto sente minha falta. Vai sair pra se divertir, se afogar em prazeres mundanos que nunca te preencheram de verdade. Eu sei disso e você também. 

Vai passar dias na companhia de seus maços e mais maços de cigarro, sentado na janela de casa, olhando pro vento e tentando dizer pra si mesmo que não está pensando em nada. Vai passar pela fase de negação intacto, sem derrubar uma lágrima. "Não mano, eu não sinto a falta dela". Mas no dia que essa fase passar, você vai entrar na aceitação com toda força. Eu sei disso e você também. 

Vai admitir que sim, eu fazia diferença no dia a dia. Você vai sentir falta de sentar comigo no deck e ficar olhando a lua e de ver meus olhos brilharem e meu rosto corar quando você dizia que a única coisa mais bonita que a lua era eu. Vai sentir falta do meu cafuné, e até do meu brigadeiro comido com o dedo. 

Vai sentir falta do meu jeito desastrada de cair e derrubar tudo em todo lugar. E vai sentar num bar qualquer, com seus amigos e uma taça de chopp, observando bundas em vestidos colantes passarem, analisando qual seria a presa da noite, e vai perceber que não sente falta de boca, bunda... Sente falta de olhos e dos sorrisos que eu proferia contigo. Eu sei disso e você também.

Júlia Fagundes

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Pizza da ilusão

Ele vai te levar pra comer pizza. Você e as três outras que ele sai regularmente. Você percebe que ele já tem intimidade com o garçom e como é estranho o olhar que eles trocam quando ele chega com mais uma garota. O garçom já sabe bem, a lista dele se renova. Você se importa e se incomoda, mas não vai criar escândalo ali, no meio da pizzaria. Depois vocês resolvem isso. Já que foi, aproveita o momento, e brinca de ana Carolina ("e se eu to te dando linha é pra depois te abandonar").
Mas você sabe. Ele te faz se sentir como a única, e você, boba, por alguns minutos cai naquela baboseira toda que ele insiste em contar. Naquela noite você foi a mulher mais linda do mundo, a namorada perfeita, e a melhor coisa que já aconteceu com ele. Nada que ele nunca tivesse falado pras outras.
É tão fácil cair no papo dele, se deixar levar.. Ele daria um bom advogado... Ô lábia... Ele deixa você mole, um efeito estranho pra alguém que está ciente de que é 'a outra' das outras dele.
Você sabe bem, todo aquele papo furado é mais furado que peneira, e ele manda o mesmo pra todas.. Mas como em toda peneira, nem toda a farinha passa pelos furos... Eu fui um grão grosso e tolo. Você também. E as outras três que ele sai regularmente

Júlia Fagundes

domingo, 20 de julho de 2014

Poucos são os que conseguem



Amar. Sorrir. Agradecer. Sonhar. Perdoar. Meus cinco lembretes de cabeceira. Tento ao máximo praticá-los todos os dias. Vou falar a verdade. Não é fácil. Tem dias que acho que tenho que acrescentar mais palavras como: aprender, persistir e até errar.
Não se apavore com a palavra errar. Errar também é saúde. Errar é crescer. É saber que às vezes precisamos tomar um susto pra acordar. É tropeçar, cair e levantar. É uma das maneiras que a vida encontra de nos mostrar os desvios. Quem não erra não experimenta nada novo. Errar pode ser muitas vezes, acertar! Você não cai duas vezes no mesmo buraco sem saber que ele existe. Na segunda por fraqueza, ou até burrice. Errar fortalece. Errar é recomeçar.
Admiro os que aprendem com o erro, mostra inteligência. Poucos são os que conseguem. Quantas vezes já andamos descalço mesmo sabendo que depois virá aquele resfriado? Quantas vezes já deixamos de gostar de algo simplesmente porque alguém não gostava? Ao contrário do que pensam ser você não é errar, ser você é o que você quiser.

Carolina Gomes