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domingo, 2 de novembro de 2014

Tempestade 2

E do nada o tempo fecha 
Fica tudo escuro
As nuvens cobrem o céu 
Meu rosto
E meu coração

Meu estômago embrulha
Acho que vou vomitar
Quero botar tudo pra fora
Mas não pode ser em qualquer lugar
Em qualquer ombro

Escolho um papel
Uso a caneta
E depois a cabeça 

O dia amanhece
Claro, céu limpo
Os pássaros voam 
E cantam

Meu sorriso brilha
Junto de meus olhos
Até que uma pequena nuvem (re)surge
E eu desligo o modo "repeat".

Carolina Gomes

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Sombrinha fechada em dia de chuva.

Não é preciso que nos entendam, ou apoiem, até por que não irão. Não preciso que nos achem o casal mais bonito do mundo e façam sons melódicos com ar de fofura a cada olhar apaixonado que te dou... Até por que quem acha lindo sou eu, e isso basta. Não preciso da aprovação alheia, preciso da conformação de todo o resto do mundo. Aprendam a lidar com os fatos. Não espero um vai fundo de ninguém. Espero um do meu coração. Eu ele já deu o dele. Não espero compreensão das pessoas sobre o que fomos, o que somos, ou o que seremos. Simplesmente ser já basta. 

E com você eu sou até não poder mais. Sou hoje, amanhã depois. Me apaixono agora, daqui a pouco, sempre, a toda hora. É poético, é bonito, mas muito mais que isso: é real. Somos nós. Nós no presente, passado, futuro... Aliás, muito mais que nós, nos tornamos laços bem atados, belíssimamente enlaçados. 

Eu só fui aprender que não adiantava te renegar, tentar esconder essa minha paixão, meu impulso por você, depois de muito tempo tentando te expulsar de mim a todo jeito. Mas vi que era impossível. Era como fazer força mental pro meu braço sofrer uma tremenda apoptose, necrosar e cair. Você já era parte de mim sem eu nem perceber. E agora, que já tenho noção de tal fato, posso dizer que sou feliz de imediato. Já não abro a sombrinha pra chuva, resolvi dançar alegremente sob cada pingo, ao som da melodia do nosso amor, que se tornou a verdade sobre o que sinto. 

Júlia Fagundes 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

"arevamirp"

Primavera ao contrario é "arevamirp" que significa "perfeição" na língua que eu acabei de inventar. Seja bem-vinda, minha querida! 
Entre se acomode e fique o tempo que eu precisar. Gosto de manter por perto as pessoas que me fazem bem. Traga o colorido e leve em bora o preto e branco do inverno. Seu colorido me encanta e passa calma. E alma.  Deixe meus dias iguais as noites, calmos e brandos. E que o cheiro das flores entre e tome conta do meu coração, trazendo de volta o meu amor. Chegou hora de as árvores ficarem cheias, os pássaros cantarem forte, as flores abrirem e as abelhas fazerem mais mel. E que São Pedro nos ajude. Chuva venha molhar e encher o rio, pois já vejo suas areias.
Efêmera. Mais uma qualidade da primavera. Se ela não fosse assim não teria tanto valor. Pois então, vá pela sombra. Até logo, prima Vera!

Carolina Gomes

(Um pouco atrasada, mas está valendo, hahaha)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Tempestade


Do nada o tempo fecha. Me sinto como se uma bigorna tivesse caído em cima de mim. Meu estômago está tão embrulhado que parece que comi queijo gorgonzola estragado. O céu está escuro e até chego a acreditar que o sol não vai aparecer nunca mais. E tempestade começou. 

Tomo cuidado pra não me afogar nas poças de água, desvio de um raio ou outro. E ela se transforma em chuva.
Então abro meu guarda-chuva e vejo toda aquela água que agora escorre sobre ele. Meu escudo. Toda aquela água que estava guardada no céu, que agora precisa descarregar pra aguentar as outras que estão por vir. Virou garoa.
Agora visto minha capa de chuva e nela fica retida parte da água que antes caía do céu. Passou.
Nem água, nem vento. Tudo voltou ao normal. Tudo que tenho que fazer agora é enxugar a varanda molhada e aguardar a próxima tempestade.

Carolina Gomes