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domingo, 2 de novembro de 2014

Tempestade 2

E do nada o tempo fecha 
Fica tudo escuro
As nuvens cobrem o céu 
Meu rosto
E meu coração

Meu estômago embrulha
Acho que vou vomitar
Quero botar tudo pra fora
Mas não pode ser em qualquer lugar
Em qualquer ombro

Escolho um papel
Uso a caneta
E depois a cabeça 

O dia amanhece
Claro, céu limpo
Os pássaros voam 
E cantam

Meu sorriso brilha
Junto de meus olhos
Até que uma pequena nuvem (re)surge
E eu desligo o modo "repeat".

Carolina Gomes

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Tempestade


Do nada o tempo fecha. Me sinto como se uma bigorna tivesse caído em cima de mim. Meu estômago está tão embrulhado que parece que comi queijo gorgonzola estragado. O céu está escuro e até chego a acreditar que o sol não vai aparecer nunca mais. E tempestade começou. 

Tomo cuidado pra não me afogar nas poças de água, desvio de um raio ou outro. E ela se transforma em chuva.
Então abro meu guarda-chuva e vejo toda aquela água que agora escorre sobre ele. Meu escudo. Toda aquela água que estava guardada no céu, que agora precisa descarregar pra aguentar as outras que estão por vir. Virou garoa.
Agora visto minha capa de chuva e nela fica retida parte da água que antes caía do céu. Passou.
Nem água, nem vento. Tudo voltou ao normal. Tudo que tenho que fazer agora é enxugar a varanda molhada e aguardar a próxima tempestade.

Carolina Gomes