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sábado, 23 de agosto de 2014

Mímicas do coração



Às vezes quem a gente procura está mais perto do que a gente imagina. E como foi engraçado. Você estava ali o tempo todo, esperando o momento certo de dar o bote. Foi esperando tanto que você me conquistou.

O tempo passou, nós mudamos, amadurecemos, nos afastamos e o destino nos uniu de novo. Rimos. Brincamos. Conversamos. Nos amamos. O tempo foi decisivo para nós. A direção também.

Quantas foram as vezes que quiseram nos separar, mas nós éramos reflexos, como o símbolo do infinito. Perdi a conta de quantos foram os dias sem palavras, com apenas gestos e olhares. Parecíamos externamente invisíveis uns aos outros. Nada mais que um simples "Bom dia" seguindo de uma enorme vontade de falar tudo.

Você não imagina o quanto me ensina, mesmo sem querer. E mesmo que não seja eterno, que eu continue aprendendo...

Carolina Gomes

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Gente apavorando


Fico apavorada com a quantidade de pessoas que se espantam com meu gosto musical. O fato é que a cultura brasileira não é valorizada, e quando a valorizam isso se torna algo inédito. Ainda mais por uma menina de 16 anos. 

Tem tanta coisa no Brasil pra se apavorar, e decidem se apavorar justamente com meu gosto musical. Engraçado, né? 

Não tenho nada contra quem não gosta da música popular brasileira. Desde que essa pessoa já tenha ouvido algo do Brasil. Me irrito com os ignorantes que falam: “Como você gosta disso ou daquilo?” ou então "Como você vive sem tal banda internacional?" Da mesma maneira que você vive sem Chico, Elis e Caetano. O pior ignorante é aquele que critica o que não conhece, tenho dito.

E não pense que sou ignorante, caro leitor. Passei parte da minha infância tentando me igualar as minhas amigas que só ouviam, praticamente, música internacional. Tentei conhecer os cantores e até arrisquei cantar algumas músicas. Mas meu destino não era aquele. Eu tinha necessidade de ser diferente.

Ser diferente em tudo. Tenho cabelo cacheado. Amo ler. Só escuto música brasileira. Fiz ballet à vida toda. E ainda por cima não gosto de lasanha. Tenho todas as “ites”: Rinite, sinusite, bronquite. Gosto dos dias de inverno, mas não abro mão dos de verão. Largo tudo por uma alpargata confortável.

Outro dia cheguei à conclusão de as pessoas não gostam do que ouvem. Elas gostam do que os outros ouvem. Acho incrível o modo como as pessoas são facilmente influenciadas. Me incluo nessa também. Se não fosse minha mãe eu não gostaria de tudo o que gosto, não teria conhecido a música brasileira. 

Não estou dizendo que o certo é gostar do que eu gosto, mas sim do que VOCÊ, realmente gosta. Personalize-se. Dê uma chance para o novo, o diferente.

Se você abrisse minha playlist há uns 6, 7 anos atrás, provavelmente, encontraria música que eu nem sabia de quem era e muito menos a letra. Hoje, meu celular é metade MPB, metade poesia. Sim, poesia. Quer ler? 

Carolina Gomes