quarta-feira, 30 de julho de 2014

Folhas




Quando entramos nas livrarias já pagamos pelo ar que respiramos. Pelo menos aqui na minha cidade é assim. Livro está tão caro que chega a ser um assalto à mão armada!

N
ão estou dizendo que o escritor não deve ganhar pela sua obra, estou me referindo ao superfaturamento das lojas. Como podem querer que as pessoas leiam mais se os preços estão nas alturas. Só quem realmente gosta de ler paga o preço que é pedido. "Baixa da internet!" Primeiro, nada se compara em poder sentir os livros nas mãos, poder cheirá-lo e abraçá-lo. Segundo, onde está o mérito do escritor? Ele não ganha pelas cópias baixadas da internet. Mas se você gosta de ler em "pdf", ótimo, o que importa é que você leia.

Se as pessoas soubessem o poder que um livro tem. Um livro pode dar conselhos melhores que qualquer pessoa. Pode ter mais sábias palavras do que você já disse em toda sua vida. Pode te fazer conhecer pessoas novas, com histórias novas, com valores novos, com confusões novas... Com tudo novo! Um livro pode te levar para Paris ou para a Terra do Nunca. Livro alimenta. Alimenta a mente.

Uma vez li que as pessoas comuns veem os livros como um simples bolo de p
áginas, já os leitores como uma estrada pra outro mundo.

Quem me dera que as folhas das
árvores fossem páginas de um livro. Imagina uma árvore da Martha Medeiros, outra da Clarice Lispector, uma do Harlan Coben... Nossa! Era só ir lá e colher as páginas, depois de algumas semanas outra pessoa também poderia colher, ter e sentir o livro. Mas pena que livro não dá em árvore. Seria tão bom! Ajudaria o meio ambiente, nós só compraríamos as sementes, o autor ganhava, nós ganhávamos... Todos ganhavam. As pessoas iam ler mais, consequentemente seriam menos ignorantes, desenvolveriam a criatividade e o senso critico. Eu teria uma floresta.

Carolina Gomes