quinta-feira, 4 de junho de 2015

Pirado Nela


To aqui todo bobo vendo ela falar. Toda articulada, inteligente. Difícil de explicar minha felicidade em lembrar que no fim do dia ela repousa ao meu lado, serena e linda. Eu sou pirado nela. Sempre fui, desde o começo. Pirado mesmo, louco, faria de tudo só pra estar perto, pra vê-la sorrir. 

A simplicidade dela dispensa complementos, e todo mundo adora vê-la se divertir. Diversão também sem complementos: dispensava bebidas, homens e tudo mais. Só ela e a vida. Algumas vezes a pista, algumas vezes a vista, algumas vezes budista. Sua diversão era pura e genuína. Bonita de se observar. 

Eu pirava naquele sorriso. Dava vontade de sorrir junto, por que a minha felicidade, por diversas vezes era consequência da dela. Eu pirava naquela felicidade simples que só tinha visto naquela menina. Ela tinha que se transformar em minha menina, e assim foi. Minha menina, minha sina, minha pira, me ensina a viver sua vida libertina... Ah menina... 

Me desculpem tantas palavras... É que eu sou pirado nela... E nenhum verso, poesia, prosa, crônica, livro, explica o que sinto. 

Júlia Fagundes