quinta-feira, 18 de junho de 2015

Evite amores utópicos.

Deixa eu te contar: para se viver uma grande de história de amor, tudo que se precisa é do amor em si. Não adianta vontade, nem o cara ou mulher maravilhosa. 

Muitas vezes nutre-se o sonho de viver amores de cinema, e acontece o que jamais deveria: depositamos em uma pessoa aleatória nossa vontade e passamos a viver em nossa mente um amor, na verdade inexistente. Apaixona-se pela ideia do que pode acontecer, não pela pessoa em si. Assim, transforma-se algo irreal na paixão das nossas vidas, ao criar uma imagem utópica de um relacionamento jamais possível além de nossos sonhos, se não se fizer com a pessoa certa. 

E dói perceber. Terminar um amor utópico machuca tanto quanto terminar um real. É a quebra de um conto de fadas que só você viveu, pela simples vontade de viver um de verdade. 

Mas quando você encontra um amor de cinema, ah, meu camarada... Não há nada que te impeça de perceber que é real. Todos a volta notam... Seus risos e sorrisos se fazem mais felizes. Não há nada como descobrir que, finalmente, se tem um sonho concretizado. Sonhar sem tirar os pés do chão é divino. E possível, basta ter calma, e esperar sempre. Por que o amor vem pros desavisados. 

Então deixa eu te contar: não crie amores. Deixe que os amores nos criem. Não anseie por paixões de revirar os olhos, deixe que os olhos revirem sem que você perceba. Quando existe química, quando existe por quê, quando existe real sentimento, o sonho vem sem que a gente note. Não deposite suas expectativas em qualquer sapo, esperando que ele vire príncipe. Isso é coisa de conto de fadas. E os contos de fadas da realidade só acontecem quando o amor realmente permeia dois corações. 

Júlia Fagundes