domingo, 24 de maio de 2015

É arte!

Podem me criticar o quanto for, mas se eu ver um artista de rua dou algumas moedinhas.
Seja aquele que toca uma flauta ou um violão. Ou aquele que usa tinta a óleo pra pintar, com dedos, lindos quadros em azulejos. 
Já esbarrei com seu Zé das poesias grátis - pegue quantas quiser e deixe quanto puder. Com João, daquele velho café da esquina, que, sagradamente, se apresentava todos os domingos pela manhã.
Nas saídas dos museus, já vi o Carlitos, o Faraó, Avatar e até o Indiana Jones, que de baixo de um sol quente estavam lá com a tinta escorrendo pelo corpo. Batucadas em potes de alumínio já foram trilha sonora na saída do Pão de Açúcar. Ao lado, uma placa dizia: faço poesia, me conte sua história.
Uma capa de uma viola aberta e pronto, o show começa. Tom, Vinicius, Chico, Milton.. Já ouvi de tudo pela ruas a fora. E sim, paro, dou atenção, as moedas e sigo meu caminho.
É arte! É trabalho! Merece respeito. Nesse país, poucos, mas muito poucos, são os artistas que conseguem o reconhecimento mínimo. Isso depois de muito trabalharem e, muitas vezes, depois de suas artes terem sofrido plágio.
Falaram por aí que artista no Brasil não tem vezes.. Tem sim! Pois - Graças a Deus - ainda temos pessoas que acreditam no poder da arte.

Carolina Gomes